... ainda não me esqueci de ti



com a tua partida chegaram palavras...

sábado, setembro 10, 2005


foste embora

sempre soube que seria assim. Talvez por saber demais, talvez porque inconscientemente somos levados a fazer com que aquilo que imaginamos acabe mesmo por se concretizar. Não sei, não importa. Saíste e nem te despediste. Doeu... muito. Mas não vou fazer papel de vítima, sei que não te tratei da melhor forma e se calhar por isso até o mereço... mas nunca te escondi esse facto e já te disse que se um dia resolveres desistires de mim, saberei compreender a tua decisão... mas não o faças desta forma. Julgo que a ti também te deve ter custado teres tido esse comportamento... conheço-te o suficiente para saber disso, sei que não magoas ninguém de quem gostas sem que isso te incomode e tu deves saber bem, que a forma como me deixaste, não me pode ter deixado indiferente. Ainda esperei que voltasses a dizer qualquer coisa... mas não. Talvez estejas à espera que desta vez seja eu a tomar a iniciativa... ver como me comporto para poderes decidir em função disso... é um erro sabes? Reajo mal quando acho que me estão a testar e o mais certo é fazer exactamente aquilo que não deveria, mas que concerteza já estás à espera... dar-te a desculpa... e não fazer absolutamente nada. É melhor assim, não consigo lutar por ti e cada vez mais me convenço que essa é a prova maior que não te mereço. Mas também, que teria eu para te dizer? Que fiquei magoado? Para quê? Talvez acabasses por dizer-me que tens saudades minhas e eu, na comoção do momento, diria o que não quero... porque sinto mais do que isso... não, bem sabes o que penso sobre dizer-te o que sinto... é que depois de o dizer, não há mais nada. A única coisa que temos são palavras.

"Olá s... O que foi? Não disseste nada quando chegaste... passa-se alguma coisa? Não, não se passa nada. porquê? era suposto passar-se? Não sei, diz-me tu. Pois, está bem, vou pensar no teu caso... Agora resolveste amuar, foi? Olha, mas afinal queres alguma coisa ou não? Não, desculpa sequer ter falado contigo..."